Oficina de Tapioca: por dentro do trabalho do Instituto Maniva

Dezembro 2010

Eu já havia falado nesse post aqui o quanto admiro o trabalho da chef carioca Teresa Corção no sentido de fazer da gastronomia um instrumento de transformação social e de promoção da cultura brasileira. É esse o mote dos projetos de seu Instituto Maniva, que tem na mandioca o alimento eleito como fio condutor de suas atividades, justamente por ser um dos grandes símbolos de nossa herança gastronômica.

Ontem tive a oportunidade de ver de perto, mais do que isso, de participar um pouquinho de um dos projetos do Maniva, a Oficina de Tapioca, que, aliás, antecede o instituto, e existe já há oito anos. Ao longo do ano letivo, crianças de comunidades carentes frequentam as oficinas de goma e de tapioca, com aulas ministradas pelos Ecochefs em colégios da rede pública, em especial o CIEP Agostinho Neto. Ao final do período, são selecionadas oito finalistas para o Concurso de Recheio de Tapioca e a vencedora ganha um uniforme de chef e um dia na cozinha de um restaurante. Uma forma de plantar nos pequenos o interesse pela profissão e apresentar-lhes um possível caminho pro futuro. Mas, como eu ia dizendo, ontem estive no CIEP Agostinho Neto como jurada da final do concurso e mostro aqui um pouquinho dessa experiência.

Na plateia, todas as crianças que participaram das oficinas ao longo do ano, pra assistir à apresentação dos amigos finalistas.

Na concentração, Claudia Guerra, da San Chef, que colabora, doando os uniformes das crianças, ajuda os candidatos a entrarem em cena como manda o figurino. Essa figurinha toda prosa aí na foto é Ana Beatriz, séria pretendente ao troféu simpatia.

Por falar em figurino, encantadoras as roupinhas dos candidatos mirins...

Hora da mão na massa.

Teresa, a comandante desse navio, não pôde estar na final por motivos de saúde, mas sua presença era palpável. Todos falavam nela, afinal, é a sua mão que está por trás de tudo isso.

Mas estava a postos Margarida Nogueira, líder do Convivium Slow Food Rio e parceira inseparável de Teresa. Claramente, uma mulher que coloca seu coração naquele projeto. E Juliana Dias, da Malagueta Comunicação, que faz a assessoria de comunicação do Maniva e se envolve no projeto até o último fio de cabelo - até porque, num trabalho como esse, não há lugar pra um envolvimento meramente burocrático... E todas as outras colaboradoras desse time de mulheres que abraçam essas crianças como se fossem suas, tomam-nas pelas mãos, com um objetivo de, mais do que ensiná-las a lidar com a cozinha, conduzi-las por um caminho de vida.

Foi com enorme prazer que deixei um pouquinho da minha colaboração pra um trabalho tão importante. Aliás, estando ali, fiz mais por mim do que pelo projeto. É preciso, às vezes, sair da redoma, ver as coisas por um viés diferente daquele ao qual a rotina nos acostuma...

Meus parceiros de júri: Claudia Guerra, Luciana Fróes, Claude Troisgros e Flávia Quaresma. Claude e Flávia fazem parte do grupo de Ecochefs, associados ao Instituto Maniva.

Das mãos de Claude, Nayjan, vencedora do concurso, recebe seu uniforme de chef...

Por trás do uniforme que a menina ganha hoje pode estar o significado de uma profissão que a mulher venha a abraçar. O tempo há de dizer. O importante é plantar as sementes. Sem elas, não há colheita possível adiante.

 

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por: josé teixeira em 16-07-2014
Fico maravilhado com o trabalho desenvolvido pelo instituto Maniva Ecochefs Teresa Corção.porisso, gostaria de desenvolver um projeto em parceria com o Maniva buscado gerar aprendizado e renda para a minha comunidade rural no Município de Magé,RJ.
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